Alci Matos Araújo, secretário de Relações Internacionais da Contracs/CUT

“Mais do que nunca a hora é de somar forças contra o neocolonialismo, o retrocesso antidemocrático e o fascismo que ameaçam nossos países e povos”, afirma Alci Matos Araújo

“A Agência ComunicaSul joga um papel de destaque em defesa da democratização da comunicação e da solidariedade internacional, combatendo a desinformação, as fake news e a manipulação orquestrada pelos grandes conglomerados de mídia, marionetes que tentam impedir o avanço de projetos progressistas em benefício do grande capital”.

A afirmação é do secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs/CUT), Alci Matos Araújo, para quem “mais do que nunca a hora é de somar forças contra o neocolonialismo, o retrocesso antidemocrático e o fascismo que ameaçam nossos países e povos, seja no Brasil, na Argentina ou no Equador”.

“Em um contexto tão complexo quanto hostil, pela capacidade que setores de ultradireita ainda dispõem de chantagear para impor sua pauta”, avalia o líder comerciário, “é imprescindível que as entidades invistam na sua comunicação própria, mas também aprofundem parcerias com a mídia alternativa, amplificando a voz do movimento sindical e popular por avanços”.

De acordo com Alci, a diferença de propostas – e de propósitos – entre os dois projetos salta aos olhos. “O fato é que enquanto o nosso objetivo é o de garantir políticas públicas desenvolvimentistas, que gerem emprego e ampliem a distribuição de renda, com direitos sociais e trabalhistas, a ultradireita quer passar uma borracha em tudo o que cheire a conquista progressista. No nosso país insistem em manter um Banco Central que responda aos interesses do parasitismo rentista, de juros elevados que asfixiam o investimento e impedem o crescimento do mercado interno”, assinalou.

COMUNICASUL CONTRONTA MENTIRAS

No plano internacional, ressaltou o dirigente comerciário, “a Agência ComunicaSul de Comunicação Colaborativa cumpre um papel de destaque ao confrontar as mentiras impostas à opinião pública, trazendo o outro lado da notícia, com conhecimento de causa, como fez recentemente não só nas coberturas da eleição da Colômbia e do Chile, como na denúncia do golpe realizado pela extrema-direita boliviana, com o apoio de Bolsonaro, para aplicar um tempo de morte e de terror”.

Neste momento, apontou Alci, a ComunicaSul está enviando já no início de outubro uma equipe de jornalistas para a cobertura das eleições presidenciais no Equador (15) e na Argentina (22). “Ambas as disputas têm um significado importante para o processo democrático e para a integração do continente, e é fundamental que sejam acompanhadas de perto. Faltando poucos dias para o primeiro turno, realizado em 20 de agosto, tivemos o assassinato de um candidato à presidência no Equador, entre vários mortos, e a candidata oposicionista Luisa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), está ameaçada. Na Argentina, temos Javier Milei como um perigo fascista iminente”, alertou.

“Peço apoio ao seu trabalho porque são jornalistas comprometidos e não com a versão de bancos ou transnacionais, são profissionais que informam o que realmente está acontecendo e que fortalecem a rede de solidariedade pela verdade e a justiça”, enfatizou.

“Vejo o significado destas duas coberturas como essencial para que tenhamos a exata dimensão dos problemas de povos irmãos e também a consciência dos desafios que temos pela frente na construção de uma América Latina forte e pujante”, concluiu Alci.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *