A jornalista Vanessa Martina-Silva conversou com fiscal de votação num colégio eleitoral em Sucre, onde pessoas “instruídas” por Corina aguardavam resultado

Edmundo González e Corina Machado (Foto: Corina Machado / Facebook)

Guilherme Ribeiro, Diálogos do Sul Global.

* Atualizado às 23h26.

 

Neste domingo, 28 de julho, a Venezuela votou para escolher a próxima presidência do país. O resultado deve sair a qualquer momento e o clima é de apreensão em todos os campos da disputa.

A jornalista Vanessa Martina-Silva, que está na Venezuela para cobrir em primeira mão a contenda, visitou um dos locais de votação, mais especificamente o Colégio Santa Gema, em um bairro nobre do município de Sucre, no estado de Miranda.

Ela conversou com Vitor Lara, um fiscal eleitoral partidário de Edmundo González – candidato substituto de Maria Corina Machado – para entender as expectativas da votação.

O que chamou a atenção da repórter foi a quantidade de pessoas paradas na frente do colégio, e ao perguntar a Lara o motivo, o agente explicou que estavam lá seguindo as instruções de Maria Corina:

 “Ela enviou todas as pessoas para cuidar dos votos, para que tudo saísse como ela ordenou”, afirmou.

Segundo Lara, os eleitores da região habitualmente votam nos candidatos opositores ao chavismo:

“A oposição sempre tem maioria, cerca de 90% aqui. Sempre vence”, conta.

Vanessa Martina-Silva, ao buscar entender melhor o que acontecerá se, ao fim do dia, Nicolás Maduro for o vencedor, Lara diz:

“Maria Corina nos dirá o que devemos fazer. Mas acho que eles não se atreverão, porque a vantagem será muito grande”.

Com “não se atreverão”, o venezuelano pode se referir a hipótese de “declarar vitória” mesmo que González obtenha a maioria dos votos.

Confira o diálogo no vídeo a seguir:

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