Foto: Joka Madruga / Terra Livre Press |
O presidente eleito será juramentado pela Assembleia Nacional e, em seguida, participará de um desfile cívico-militar que comemorará também o 203º aniversário de independência do país. A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, presenciará o ato. As ruas do centro de Caracas já estão repletas de apoiadores de Maduro.
Vinicius Mansur, de Caracas, Venezuela
O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, será juramentado nesta sexta-feira (19) pela Assembleia Nacional. O ato está prevista para começar às 13 horas, 14:30 em Brasília. Em seguida, Maduro participará de um desfile cívico-militar que comemorará também o 203º aniversário de independência do país.
As ruas do centro de Caracas já estão repletas de apoiadores de Maduro desde a manhã. De acordo com informações da presidência da República, sete avenidas serão destinadas exclusivamente para os eventos de hoje.
A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, chegou à Caracas por volta de 6:30 da manhã. Ela acompanhará o juramento do chavista perante o poder legislativo, que deverá ser assistido por pelo menos 15 delegações internacionais. Já estão em Caracas os presidentes da Argentina, Bolívia, Peru, Uruguai, Cuba, Haiti, Nicarágua, República Dominicana, Honduras e Irã. Ainda é esperada a chegada de Rafael Correa, do Equador.
Os governos da Espanha, China, Arábia Saudita, Catar, Palestina e São Vicente e Granadinas também enviaram suas delegações para o ato.
Unasul
Devido a tensão que viveu a Venezuela na semana posterior ao anúncio de um resultado eleitoral apertado – que deu a vitória a Maduro por 1,8% de vantagem – os chefes de estado da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) se reuniram extraordinariamente em Lima, Peru, na noite desta quinta-feira (18).
Em comunicado, produto da reunião, a Unasul saudou o povo venezuelano pela participação massiva na eleição e pela sua vocação democrática, saudou o Maduro como presidente e pediu a todos os setores políticos do país respeitar o resultado oficial. “Toda reclamação, questionamento ou procedimento extraordinário (…) deverá ser canalizado e resolvido dentro do ordenamento jurídico vigente e a vontade democrática das partes”, diz a nota.
Os chefes de estado sul-americanos também elogiaram a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela de instalar a auditoria total das mesas eleitorais e anunciaram que uma comissão da entidade irá acompanhar as investigações das ações violentas que deixaram 8 mortos e mais de 60 feridos após a eleição.