Após Henrique Capriles considerar a eleição ilegítima e órgão eleitoral proclamar o chavista Nicolás Maduro como presidente, manifestações da oposição e ações violentas elevaram a tensão na Venezuela. Governo ativou um comitê antigolpe.
Vinicius Mansur, de Caracas, Venezuela
A vitória apertada de Nicolás Maduro na eleição presidencial venezuelana levaram a oposição a acirrar os ânimos e o governo a ativar um comitê antigolpe. Poucos minutos antes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamar Maduro como presidente eleito, na tarde desta segunda-feira (15), o candidato da oposição, Henrique Capriles, foi ao ar pelo canal de TV Globovisión para exigir a suspensão do ato até que 100% dos comprovantes de votos, emitidos pelas urnas eletrônicas, fossem recontados. “Presidenta [do CNE], você tem que se dar conta de que decisões erradas aumentam a conflitividade que existe hoje no país”, alertou.
Durante a proclamação de Maduro, a presidenta do CNE, Tibisay Lucena, reiterou a segurança do sistema eleitoral, afirmou que 54% das máquinas de votação foram auditadas no fechamento das urnas, com a presença de testemunhas das distintas forças políticas, medida que não é tomada em nenhum país do mundo. “Não serão o assédio, a ameaça e o amedrontamento a via para recorrer ao poder eleitoral”, disse, agregando que a legislação do país prevê os caminhos judiciais para o devido questionamento.
Após a proclamação, manifestações da oposição e ações violentas elevaram a tensão no país. Em pelo menos sete cidades venezuelanas, apoiadores de Capriles realizarem concentrações públicas durante o dia e um panelaço, a partir das janelas de suas casas, durante a noite.
Sedes do partido de Maduro – Partido Socialista Unido da Veneuela (PSUV) – foram atacadas nos Estados de Táchira, Barinas e Anzoátegui. Governadores dos estados de Aragua, Carabobo, Zulia e Anzoátegui, além de moradores do estado Miranda denunciaram ataques aos Centros Médicos de Diagnóstico Integral (CDI), onde trabalham profissionais cubanos. As sedes da TV estatalVenezolana de Televisión e da Telesur também foram cercadas por manifestantes.
Em reunião com o corpo diplomático presente na Venezuela, o chanceler do país, Elias Jaua, informou que o militante do PSUV, Jose Luiz Ponce, foi morto, na tarde dessa segunda (16) com um tiro no bairro La Limonera, no município de Baruta, estado Miranda. “Sabe qual foi o pecado desse companheiro? Morar em uma casa construída pelo comandante Hugo Chávez em uma zona nobre”, disse. Na madrugada desta terça (16), foi assassinado outro militante chavista, Luis García Polanco, em frente à sede regional do CNE, em Zulia, conforme noticiou a Agência Venezuelana de Notícias.
Maduro acusa tentativa de golpe
Durante a sua proclamação como presidente, Maduro afirmou que não enfrentou uma campanha eleitoral, mas “uma guerra brutal e psicológica” com desabastecimento de produtos básicos pela iniciativa privada, com a invasão de seu perfil, e de outros dirigentes chavistas, no Twitter no dia da eleição, além de sabotagens ao sistema elétrico que provocaram apagões às vésperas do pleito. Maduro afirmou que o não reconhecimento dos resultados por parte de Capriles faz parte dessa mesma guerra. “Isso só tem um nome: golpismo. Quem pretende infringir a maioria na democracia está chamando um golpe”, acusou.
Na noite desta segunda-feira, Maduro reuniu um comitê antigolpe para avaliar os acontecimentos recentes. “Quem venha pela via violenta encontrará o Estado”, alertou após a reunião. Maduro pediu pedir aos chavistas para não entrarem em provocações e culpou o Capriles pela tensão. “Essa é a Venezuela que vocês querem? ¿Essa é a Venezuela que você vai promover, candidato perdedor? Você é o responsável”, atacou.
O presidente ainda afirmou que, através do “multifoquismo”, estão tentando produzir na Venezuela as guerras o modelo de guerras recentes na Líbia e na Síria. No âmbito internacional o ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, o porta voz dos Estados Unidos, Jay Carney, e do secretário geral da Organização dos estados Americanos (OEA), José Miguel Inzulza, emitiram comunicados em que aconselhavam a Venezuela a fazer a recontagem dos votos.
Durante a proclamação de Maduro, a presidenta do CNE, Tibisay Lucena, reiterou a segurança do sistema eleitoral, afirmou que 54% das máquinas de votação foram auditadas no fechamento das urnas, com a presença de testemunhas das distintas forças políticas, medida que não é tomada em nenhum país do mundo. “Não serão o assédio, a ameaça e o amedrontamento a via para recorrer ao poder eleitoral”, disse, agregando que a legislação do país prevê os caminhos judiciais para o devido questionamento.
Após a proclamação, manifestações da oposição e ações violentas elevaram a tensão no país. Em pelo menos sete cidades venezuelanas, apoiadores de Capriles realizarem concentrações públicas durante o dia e um panelaço, a partir das janelas de suas casas, durante a noite.
Sedes do partido de Maduro – Partido Socialista Unido da Veneuela (PSUV) – foram atacadas nos Estados de Táchira, Barinas e Anzoátegui. Governadores dos estados de Aragua, Carabobo, Zulia e Anzoátegui, além de moradores do estado Miranda denunciaram ataques aos Centros Médicos de Diagnóstico Integral (CDI), onde trabalham profissionais cubanos. As sedes da TV estatalVenezolana de Televisión e da Telesur também foram cercadas por manifestantes.
Em reunião com o corpo diplomático presente na Venezuela, o chanceler do país, Elias Jaua, informou que o militante do PSUV, Jose Luiz Ponce, foi morto, na tarde dessa segunda (16) com um tiro no bairro La Limonera, no município de Baruta, estado Miranda. “Sabe qual foi o pecado desse companheiro? Morar em uma casa construída pelo comandante Hugo Chávez em uma zona nobre”, disse. Na madrugada desta terça (16), foi assassinado outro militante chavista, Luis García Polanco, em frente à sede regional do CNE, em Zulia, conforme noticiou a Agência Venezuelana de Notícias.
Maduro acusa tentativa de golpe
Durante a sua proclamação como presidente, Maduro afirmou que não enfrentou uma campanha eleitoral, mas “uma guerra brutal e psicológica” com desabastecimento de produtos básicos pela iniciativa privada, com a invasão de seu perfil, e de outros dirigentes chavistas, no Twitter no dia da eleição, além de sabotagens ao sistema elétrico que provocaram apagões às vésperas do pleito. Maduro afirmou que o não reconhecimento dos resultados por parte de Capriles faz parte dessa mesma guerra. “Isso só tem um nome: golpismo. Quem pretende infringir a maioria na democracia está chamando um golpe”, acusou.
Na noite desta segunda-feira, Maduro reuniu um comitê antigolpe para avaliar os acontecimentos recentes. “Quem venha pela via violenta encontrará o Estado”, alertou após a reunião. Maduro pediu pedir aos chavistas para não entrarem em provocações e culpou o Capriles pela tensão. “Essa é a Venezuela que vocês querem? ¿Essa é a Venezuela que você vai promover, candidato perdedor? Você é o responsável”, atacou.
O presidente ainda afirmou que, através do “multifoquismo”, estão tentando produzir na Venezuela as guerras o modelo de guerras recentes na Líbia e na Síria. No âmbito internacional o ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, o porta voz dos Estados Unidos, Jay Carney, e do secretário geral da Organização dos estados Americanos (OEA), José Miguel Inzulza, emitiram comunicados em que aconselhavam a Venezuela a fazer a recontagem dos votos.