Luisa González, ex-coordenadora de ministros do presidente Rafael Correa e candidata à Presidência pelo movimento Revolução Cidadã

Candidata do Revolução Cidadã sublinhou que o momento é de construir uma Pátria para todos e não mais para a oligarquia

CAIO TEIXEIRA E

LEONARDO WEXELL SEVERO/

De Quito – Equador

Depois de uma semana de céu cinzento, muita chuva e drásticas mudanças de temperatura, o domingo (15) chegou com céu azul, sol radiante e uma grande expectativa para o povo equatoriano. Em frente à padaria onde tomamos nosso café, a caixa de som da farmácia dá tons de riso à prisão em flagrante de um mesário que distribuía, bêbado, o voto já marcado num dos candidatos. O comitê eleitoral anunciava que sobre o individuo preso em flagrante “iría cair todo o peso da lei”.

Anedotas à parte, o clima é bem mais tranquilo, apesar da forte presença militar que acompanhou a candidata oposicionista, Luisa González, durante o seu voto na Unidade Educativa Carlos Pomerio Zambrano, em Canuto, na província (Estado) de Manabí. Enquanto votava, pela manhã, a advogada e ex–ministra pediu aos eleitores que “votem com memória e coração”.

Com certeza, a candidata do movimiento Revolução Cidadã se referia primeiro à memória imediata dos dias sem vida que se instalaram no país há seis anos com Moreno (2017-2021) e Lasso (até agora), que acabaram com a estrutura do Estado deixando a maioria da população sem médicos, remédios, hospitais, empregos, aposentadorias e segurança. Breve mas sangrento período em que o país, servil aos interesses dos EUA, converteu-se num narcoestado e os níveis de criminalidade e violência foram multiplicados por cinco.

Este é o famoso Estado Mínimo apresentado pelo neoliberalismo como a grande maravilha. Muitos jovens de até 20 anos não têm lembranças dos governos de Rafael Correa entre 2007 e 2017, mas quem viveu, trabalhou, estudou, quem conheceu naqueles dez anos o que um Estado forte pode fazer em pouco tempo para melhorar em todos os aspectos a qualidade de vida das pessoas, esses lembram, podem comparar com o que veio depois e votar com consciência.

Esse dia ensolarado no meio do mundo parece refletir a sensação de que hoje a Pátria de Manuela Sáenz e Jaime Roldós tem mais uma chance de mudar e não vai desperdiçá-la.

Por tudo o que vimos nesta cobertura, pelas conversas com as pessoas, pela ausência de campanha do candidato milionário da direita nas ruas, como se já tivesse desistido, pela aparente imunidade adquirida pelo povo contra as fake news da grande mídia e dos algoritmos clandestinos, por tudo isso arriscamos apostar numa vitória com diferença indiscutível de Luisa Gonzales sobre o magnata Daniel Noboa.

Tudo indica que só uma fraude monumental ou um golpe de qualquer natureza poderá impedir a vitória popular e o retorno de melhores tempos para o povo equatoriano.

À tarde, Luisa acompanhará o prefeito de Guayaquil, maior cidade do país, e a governadora de Guayas, nas urnas, da mesma forma que o prefeito de Quito.

Apesar do Estado de Exceção, que foi renovado pelo presidente, o ComunicaSul segue atento, acompanhando cada momento desse processo eleitoral e reportando o que a grande mídia esconde.

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