No final da tarde desta segunda-feira, 15, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) Tibisay Lucena proclamou Nicolás Maduro presidente constitucional da Venezuela. Com a participação de 79,17% dos eleitores, Maduro obteve 7.563.747 votos, 50,75% do total, e Henrique Capriles recebeu 7.298.491, equivalente a 48,97%.
Em seu discurso, a presidenta do CNE defendeu o sistema eleitoral venezuelano como um dos mais seguros do mundo e rechaçou as declarações da oposição de não reconhecer o pleito. “Como vamos viver em sociedade se o mesmo sistema eleitoral, com as mesmas pessoas a frente, é reconhecido quando interessa a oposição e é atacado e desmoralizado quando não lhes interessa?”, questionou.
Lucena ressaltou o estado de direito venezuelano está acima de amedrontamentos e ameaças e explicou que o papel do árbitro eleitoral não é “quantificar a vitória, se ela é conquistada por uma margem grande ou pequena”, mas sim “contar os votos e proclamar quem saiu vitorioso pela vontade da maioria”.
Minutos antes, representantes de organizações internacionais que acompanharam o processo eleitoral venezuelano respaldaram sua lisura. Segundo o alto representante do Mercosul, Ivan Ramalho, assim como havia constado na última eleição de outubro de 2007, “o fortalecimento da democracia [venezuelana] está dado pelo alto nível cívico do país, evidenciado pela elevada participação cidadã e a qualidade técnica do sistema automatizado de votação, o qual possui características de segurança e confiabilidade comprovadas”. Ramalho ainda enfatizou que “toda reclamação, questionamento ou procedimento extraordinário deverá ser canalizado dentro do ordenamento jurídico venezuelano”.
O representante da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore) , Eugenio Chicas, afirmou que o processo se levou a cabo de maneira muito satisfatória e transparente, cumprindo com os padrões internacionais e com a legislação nacional.