“Recebemos denúncias das esposas de motoristas de ônibus que estão sequestrados, em cárcere privado, por donos de empresas no departamento [estado] do Atlântico. Eles tiveram retidos seus títulos eleitorais. Isso é gravíssimo e estamos nos mobilizando para garantir que possam exercer o seu direito ao voto”, afirmou o advogado Miguel Angel del Rio Malo, coordenador da rede jurídica conformada pela coalizão Pacto Histórico para acompanhar as eleições presidenciais deste domingo (29).
LEONARDO WEXELL SEVERO / COMUNICASUL
Em entrevista ao Tercer Canal, de onde a Agência ComunicaSul acompanha o processo em tempo real, o advogado alertou que este é apenas um entre tantos exemplos que atentam abertamente contra a democracia e, particularmente, as candidaturas oposicionistas de Gustavo Petro e Francia Márquez, que lideram com folga todas as pesquisas de opinião.
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“Temos nada menos que oito mil fiscais eleitorais do Pacto Histórico que, até às 11 horas, não reeberam as credenciais da Controladoria, que tinham sido solicitadas desde março. Estão sem o seu direito básico de acompanhar o processo”, explicou. Miguel Angel evidenciou que tal fato é “alarmante e estamos divulgando para as autoridades e meios de comunicação”. “É grave porque são precisamente os fiscais eleitorais que garantem a legitimidade deste processo”, declarou, esclarecendo que também abundam denúncias na região do Caribe.
Ao mesmo tempo, informou, “temos postos de compra e venda de votos pela direita”. Aí o eleitor recebe metade do valor antes de ir à cabine eleitoral e a outra metade depois que comprovou ter votado em Fico Gutiérrez – o candidato da direita”, explicou.
Além disso, temos a falta de auditoria do software, uma vez que não temos o acompanhamento da comunidade internacional para verificar o que está acontecendo. “Portanto é preciso fiscalizar e deixar apontadas essas ações”, acrescentou.
Na avaliação de Miguel Angel, “é hora de sair às ruas massivamente neste dia histórico para destruir as máfias eleitorais, e construir um sistema democrático que respeite a decisão dos cidadãos”.
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