Foto: Pedro Infante

Com mais de 21 milhões de eleitores, a Venezuela está se preparando para um dia importante de eleições. Em 28 de julho, milhões de venezuelanos elegerão seu próximo presidente em um contexto de cooperação internacional renovada e medidas econômicas otimistas.

Fortalecimento do sistema eleitoral

Nas semanas que antecederam a eleição, o fortalecimento do sistema eleitoral do país e a participação de observadores internacionais foram destacados. O Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, e um painel de especialistas eleitorais da ONU discutiram a força e a transparência do sistema eleitoral venezuelano. Gil enfatizou que eles tiveram “a oportunidade de destacar os pontos fortes do sistema eleitoral venezuelano, reconhecido mundialmente como um dos mais confiáveis e transparentes”. Além disso, o ministro das Relações Exteriores enfatizou que a presença de observadores internacionais “reforça a credibilidade do processo eleitoral”.

Eleições simuladas e presença internacional

Em 30 de junho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) organizou uma eleição simulada com a participação de coalizões políticas do governo e dos partidos de oposição. O objetivo dessa atividade foi garantir a transparência e a eficiência do dia oficial da eleição e familiarizar os eleitores com o processo de votação. Nesse contexto, a Venezuela também convidou o grupo BRICS para observar as eleições, destacando assim a importância do país no cenário internacional.Além disso, na última semana antes das eleições, as autoridades eleitorais venezuelanas contarão com a participação do “Centro Carter”, uma instituição não governamental e sem fins lucrativos, que teve a possibilidade de observar o destacamento das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas no âmbito do “Plano República”, focado na salvaguarda do material eleitoral e na garantia da segurança do povo para as eleições. Eles também serão acompanhados por figuras políticas internacionais, como o ex-presidente argentino Alberto Fernández, o ex-presidente espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, o presidente panamenho Martín Torrijos, o ex-presidente da República Dominicana Leonel Fernández e o presidente colombiano Ernesto Samper, que se reunirão com todos os candidatos antes do dia da eleição.

O atual presidente do Brasil, Lula da Silva, confirmou que não viajará ao país de Maduro, embora tenha assegurado que “enviará dois membros de seu serviço de justiça eleitoral para observar as eleições, bem como seu principal assessor de política externa, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim”. Nesse sentido, o presidente brasileiro esclareceu, em relação a seus laços com o país bolivariano, que não quer “brigar com a Venezuela” e que o que lhe interessa é “a relação entre os Estados”. 

Acordo sobre “Reconhecimento de Resultados

Da mesma forma, o presidente Maduro e os candidatos da oposição assinaram um acordo de “Reconhecimento de Resultados” perante a Câmara Nacional Eleitoral em 20 de junho. Esse compromisso busca garantir um processo eleitoral pacífico e respeitoso, reafirmando o poder eleitoral como a única autoridade legítima para a organização das eleições de julho. Esse acordo é considerado um passo importante para fortalecer a confiança no processo eleitoral.

Retorno de migrantes e reativação econômica

Paralelamente, o programa de repatriação “Misión Vuelta a la Patria” facilitou o retorno de mais de um milhão de venezuelanos. O presidente Maduro pediu aos migrantes que retornassem, oferecendo assistência jurídica, educacional e socioeconômica. “Eles merecem atenção e dignidade, e o Estado venezuelano coloca tudo a seu serviço para protegê-los e devolvê-los à sua terra natal”, disse Maduro, enfatizando a importância dessa iniciativa para o ressurgimento nacional.  

 

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