Os chilenos saíram de casa neste domingo (21) para escolher o próximo presidente do país, além de representantes dos parlamentos. Desde 2012, o voto não é obrigatório no Chile, o que influenciou na participação popular das últimas eleições.
Por Alana Souza, Caio Teixeira, Leonardo Wexell Severo e Rafael Duarte, de Santiago
A expectativa, no entanto, é de recorde no comparecimento às urnas.
Muitas filas foram registradas nas primeiras horas da votação, na primeira eleição após os levantes populares de 2019 que sacudiram o país. Eleitores entrevistados pela equipe da ComunicaSul disseram estar surpresos com a quantidade de pessoas que saíram de casa para votar
Sete candidatos disputam o direito de ocupar o Palácio La Moneda, sucedendo Sebástian Piñera. Os favoritos para chegar ao 2º turno são o candidato da Frente Ampla de centro-esquerda Gabriel Boric e o ultra-direitista José Antônio Kast
Além da eleição do presidente, os chilenos escolherão 155 deputados, 27 senadores e 302 membros dos conselhos regionais.
Na eleição do Chile o voto ainda é impresso, e em grandes cédulas. Modelo diferente do pleito brasileiro, onde já está consolidado o uso da urna eletrônica.
“Vim votar porque sinto que é um direito de todos os cidadãos poderem eleger os representantes que vão tomar as decisões conosco, claro. E depois é uma alegria, na verdade. Poder vir a gerar uma mudança ou desejar que as coisas possam melhorar para todos, onde todos possamos estar incluídos de alguma forma nos benefícios”, afirmou uma eleitora que votou no bairro da Providência.
Confira o vídeo produzido pela reportagem do ComunicaSul:
Esta reportagem foi elaborada pelo Coletivo ComunicaSul, com o patrocínio do Barão de Itararé, Agência Carta Maior, jornal Hora do Povo, Diálogos do Sul, Apeoesp Sudeste Centro, Intersindical, Sintrajufe-RS, Sinjusc, Sindicato dos Bancários do RN, Sicoob, Agência Sindical e 152 contribuições individuais.