Presidente em exercício da Venezuela afirma que a prisão foi feita em flagrante na cidade de Mérida, e declara sistema elétrico como serviço de segurança nacional após registro de três apagões no país.
Vinicius Mansur, de Caracas – Venezuela
O presidente em exercício da Venezuela e candidato ao pleito de 14 de abril, Nicolás Maduro, anunciou nesta sexta-feira (5) que uma pessoa foi presa por tentativa de sabotar o sistema elétrico em Mérida, capital do estado de mesmo nome.
“O capturamos com a mão na massa. Iam apagar a luz de toda Mérida enquanto eu estava no ato”, afirmou o chavista, referindo-se ao comício que realizou ontem na cidade localizada no extremo ocidente venezuelano.
O anúncio foi feito durante o Ato de Saudação da Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb) ao Comandante Hugo Chávez, na manhã desta sexta-feira, quando o falecimento do ex-presidente completa um mês.
Maduro disse que o episódio de Mérida não foi um caso isolado. “Nestes dias eu ia a Barinas e às 11:30 da noite, quando não exigência de consumo, se cortou a eletricidade. O candidato da direita iria ontem para Aragua e antes de ontem deixaram Aragua sem luz. Hoje temos um ato em 23 de Enero [bairro de Caracas onde está o corpo de Chávez] em homenagem ao nosso comandante e ontem se foi a luz no 23 de Enero”, afirmou.
Na quinta-feira (4), o governo já havia ordenado a presença das Forças Armadas em todas as estações e centrais elétricas do país e a demissão da diretoria da Corporação Elétrica Nacional (Corpoelec) do estado de Aragua.
Nesta sexta, Maduro defendeu que o sistema elétrico seja declarado como serviço de segurança nacional e agradeceu às Fanb por agir rápido na proteção das estações de energia.