Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula |
Após a confirmação oficial da reeleição de Dilma Rousseff (PT) no Brasil (51,63% contra 48,36% do tucano Aécio Neves) neste domingo (26), diversos presidentes e líderes latino-americanos saudaram a vitória da atual presidente no país mais estratégico do projeto progressista em curso na região.
Além de garantir as boas relações com os países vizinhos e reforçar a tendência de integração e cooperação, a vitória de Dilma Rousseff representa a continuidade de um processo de transformações na América Latina, garantindo a manutenção de um mundo multipolar.
Dentre os líderes que se manifestaram estão o presidente venezuelano Nicolás Maduro, a presidente argentina Cristina Kirchner e o presidente equatoriano Rafael Correa. Salvador Sánchez Céren, presidente de El Salvador, também comemorou a decisão do povo brasileiro em “seguir construindo bem-estar e felicidade”. Já Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, congratulou Dilma Rousseff e afirmou o desejo de fortalecer as relações com o Brasil e o continente.
A Frente Ampla do Uruguai, da qual faz parte o atual presidente José Mujica e o vencedor do primeiro turno das eleições que ocorreram também no domingo, Tabaré Vasquez, manifestou apoio à reeleição de Dilma. A segunda volta, que opõe Tabaré Vasquez ao representante da direita Lacalle Pou, está marcada para o dia 30 de novembro.
Felicitaciones @dilmabr Brasil no se detiene! pic.twitter.com/9bK08mbFFp
— Frente Amplio (@Frente_Amplio) 26 outubro 2014
Maravilloso triunfo de Dilma en Brasil. Nuestro gigante sigue con el Partido de los Trabajadores. Felicitaciones Dilma, Lula, Brasil!!!
— Rafael Correa (@MashiRafael) 26 outubro 2014
Victoria de Dilma en Brasil..Victoria del Pueblo..Victoria de Lula y su Legado.Victoria de los pueblos de América Latina y El Caribe..
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 26 outubro 2014
Dilma ha vencido la Guerra Sucia y la Mentira..Pudo más la Verdad de 12 años de un Pueblo que mira al futuro con Esperanza…Felicitaciones.
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 26 outubro 2014
Felicitaciones Dilma por tu Coraje y Valentía frente a tanta maldad,el pueblo de Brasil no le falló a la Historia,mil Abrazos de Hermandad..
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 26 outubro 2014
Victoria de @dilmabr un paso más hacia la consolidación de la Patria Grande http://t.co/cPYUtB1wMx pic.twitter.com/094WpCYlYu
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 26 outubro 2014
Gran victoria de la inclusión social y la integración regional. @dilmabr pic.twitter.com/ZgZ5y4Ojud
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 26 outubro 2014
Felicitaciones a la Presidenta Dilma Rousseff y al pueblo brasileño por la victoria electoral de este día @dilmabr #BrasilDecide
— Salvador Sánchez C. (@sanchezceren) 26 outubro 2014
Día de fiesta en Brasil y América Latina: nuestros pueblos han decidido seguir construyendo su bienestar y felicidad @dilmabr #BrasilDecide
— Salvador Sánchez C. (@sanchezceren) 26 outubro 2014
Aécio e a ameaça do retrocesso no continente
Vale registrar que o candidato tucano, derrotado no pleito mais acirrado desde a redemocratização do país, declarou reiteradas vezes ao longo de sua campanha que pretendia implementar uma verdadeira “guerra” contra “governos vizinhos que fazem vista grossa à produção de drogas”. O recado mais direto foi para a Bolívia, acusada por Aécio de ser conivente e complacente com a produção de cocaína. O tucano não se posicionou, porém, sobre países da Europa e estados norte-americanos nos quais o cultivo de maconha é legalizado.
A folha de coca, elemento tradicional dos povos originários que compõem a Bolívia, passou a ser valorizada pelo governo de Evo Morales por seu uso medicinal e cultural. Além disso, o governo defende que, enquanto sob a gestão neoliberal de Jorge Quiroga a produção de cocaína representava mais de 10% do PIB boliviano, tal índice caiu para 1,5% nos últimos oito anos, desconstruindo as acusações do tucano e sobrepondo os interesses culturais e históricos dos indígenas sobre a cartilha de Washington.
Também havia o temor, entre os governos progressistas e movimentos sociais do continente, de Aécio retomar uma relação submissa em relação aos interesses dos Estados Unidos, permitindo a presença militar norte-americana em território brasileiro e ameaçando a soberania da região.