Blindado dirigido por terroristas não matou Nicole Ktamm por 15 centímetros
A fotógrafa chilena Nicole Kramm foi atropelada neste sábado por um dos dois blindados sequestrados da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) que romperam as barreiras de segurança instaladas na ponte internacional Simón Bolívar – onde se encontravam várias pessoas – rumo à Colômbia.
“Tenho as pernas horríveis, porém não quebradas”, declarou Kramm, que está estável, mas em estado de choque. “Queriam matar os civis que estavam parados na fronteira. Foi um atentado, não são heróis, quase me assassinam por 15 centímetros. Se não tivesse corrido, teriam atingido todo o meu corpo e não estaria viva para contar isso”, denunciou a fotógrafa, ao lado de uma agente policial venezuelana que também quase foi morta na ação.
Conforme os meios de comunicação venezuelanos, a suposta “deserção” dos três militares nada mais foi do que outro “falso positivo”, uma vez que os autointitulados “militares” não passariam de “terroristas infiltrados, apoiados pelo governo colombiano e por deputados opositores a Maduro”.
Reforçando a denúncia sobre tais vínculos, a rede de televisão Telesur apontou que os fugitivos foram recebidos por “dois dirigentes da ultradireita venezuelana: o ex-deputado opositor José Manuel Olivares e o dirigente da Universidade dos Andes (ULA) Villca Fernández, ambos fugitivos da justiça venezuelana”.
De acordo com a jornalista Erika Ortega Sanoja, correspondente da Rússia Today (RT) na Venezuela, ao ver os infiltrados chegar com suas armas, os membros da organização oposicionista “Coalition Aid and Freedom” (Coalizão de Ajuda e Liberdade) disseram:  “tranquilos, estes são nossos”.
FAKE NEWS
No final da tarde, as agências internacionais de “comunicação” a serviço do Pentágono começaram a divulgar a versão de que a Guarda Nacional Bolivariana teria queimado “dois”, “três” ou até “quatro” caminhões de “ajuda humanitária” com alimentos e remédios. No entanto, como demonstra a foto aérea dos veículos queimando e a própria localização da GNB, os caminhões encontravam-se do lado colombiano. Mais um “grave caso de falso positivo”, denunciou o governo venezuelano.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, que foi até a Colômbia manifestar seu apoio às provocações beligerantes de Donald Trump não deu qualquer declaração sobre o ocorrido com a compatriota.

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