Profissionais de imprensa que compõem a Rede ComunicaSul de Comunicação Colaborativa estarão na Argentina acompanhando a semana do 7 de dezembro, data em que serão retomadas as concessões ilegais ainda mantidas pelo Grupo Clarín, o maior conglomerado de mídia do país vizinho.
A lei aprovada pelo Congresso argentino divide o setor em três, com participação igualitária de 33% para o setor privado, 33% para meios públicos e 33% para veículos educativos e comunitários, já tendo sido adotada por todas as empresas de comunicação, com a exceção do Grupo Clarín que conseguiu liminares na Justiça para manter seu latifúndio midiático. O Clarín tem mais de 240 sistemas de TV a cabo, 19 rádios AM, FM e quatro canais de TV aberta, o que configura um monopólio e uma rede nacional ilegal.
Recentemente o procurador geral da Argentina, Daniel Reposo, acusou o Clarín de “continuar mentindo” e de “montar uma campanha de difamação sobre os organismos de controle de nosso país” – como a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA). Conforme mancheteia o jornal de maior circulação na Argentina, o governo de Cristina Kirchner arma uma suposta “política de desmantelamento” da imprensa. Mas o fato, ressaltou Reposo, é que “a partir de 7 de dezembro deverão adequar-se às leis emanadas pelos representantes do povo e das províncias e respeitar as normas de ética jornalística que garantem a liberdade de imprensa em nosso país”.
O êxito da cobertura das eleições de outubro na Venezuela estimulou os diferentes meios que compõem a ComunicaSul (Portal do Mundo do Trabalho, Hora do Povo, Brasil de Fato, Portal Vermelho) a reproduzirem a experiência. Em Caracas, com textos, fotos e vídeos postados no www.comunicasul.blogspot.com.br, a rede trouxe informações fundamentais para fazer o contraponto à invisibilidade e combater a manipulação da imprensa privada brasileira e das agências internacionais alinhadas ao governo estadunidense contra o governo do presidente Hugo Chávez.